Enfisema Pulmonar
O que é?
Antes de explicar o que caracteriza a doença, é preciso entender que todo pulmão é composto por diversas estruturas, sendo que a menor de todas é denominada de alvéolo. Um pulmão saudável é repleto de alvéolos. Essas estruturas são responsáveis por transferir o oxigênio inalado para o sangue, fazendo com que esse oxigênio circule por todo o corpo, alimentando as células. Quando essas estruturas são danificadas por agentes externos ou internos, ocorre o que chamamos de Enfisema Pulmonar . Na maioria das vezes, o agente externo é o cigarro.
No enfisema, os alvéolos se enchem de ar, como uma bexiga, dificultando o contato do oxigênio com o sangue. Ou seja: o oxigênio que é inalado pelo paciente não consegue circular pelo corpo, ficando retido no pulmão e sendo rapidamente expelido na respiração. Em linhas gerais, podemos dizer que o enfisema nada mais é do que a destruição de parte do pulmão. Trata-se de uma doença respiratória crônica, ou seja, não é possível reverter o quadro, apenas estagna-lo.
Causas
O cigarro é a principal causa do Enfisema Pulmonar. Ele possui substâncias tóxicas que são responsáveis por causar lesões nos alvéolos pulmonares, desenvolvendo a doença.
Em uma minoria dos casos, o enfisema pulmonar pode ocorrer devido ao fator genético. Trata-se da deficiência de uma enzima denominada alfa 1 antitripsina. A falta dessa enzima dificulta o processo de troca de oxigênio entre pulmão e sangue, que é justamente a característica da doença. Nesses casos, a doença geralmente se desenvolve rapidamente e ocorre em jovens. O hábito de fumar pode intensificar ainda mais a complicação.
Em ambos os casos, o fator hereditário (pais ou avós que desenvolveram a doença) pode ser um fator complicador.
Sintomas
O principal sintoma é a falta de ar progressiva, seja por respiração ofegante ou por dificuldade ao respirar. O paciente percebe que a falta de ar vai se intensificando aos poucos.
Por exemplo: aquela caminhada diária de 10 minutos até o trabalho passa a ser mais difícil de realizar. Com o tempo, o paciente precisa fazer uma pausa na metade do caminho para poder descansar. Essas pausas vão se intensificando cada vez mais, até o momento em que o paciente não consegue mais caminhar por 10 minutos. Essa dificuldade que aumenta com o tempo é um dos principais alertas.
Geralmente, a falta de ar vem acompanhada de respiração ofegante com chiado, sensação de sufocamento e tosse. Os pacientes também relatam dificuldade para respirar ao deitar. Nos casos mais avançados da doença, pode ocorrer de as pontas dos dedos e outras extremidades ficarem com a coloração levemente azulada ou arroxeada.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce do enfisema pulmonar é fundamental, uma vez que a doença não tem cura. Somente é possível frear o seu avanço. Ao sinal dos primeiros sintomas descritos acima, recomenda-se que o paciente procure um pneumologista. Os fumantes também devem fazer check-up periódico do pulmão, mesmo que não apresentem sintomas. O ideal, no entanto, é parar com o hábito de fumar. Confira as dicas clicando aqui.
O diagnóstico é dado pelo médico pneumologista por meio de perguntas feitas pelo profissional em conjunto com o resultado de exames, entre eles o Raio-X do tórax, o teste da função pulmonar (espirometria), gasometria arterial, até a Tomografia Computadorizada,
Tratamento
O tratamento do enfisema pulmonar varia de acordo com o estágio em que a doença se encontra e com os sintomas apresentados pelo paciente. No entanto, parar de fumar é a recomendação para todos os pacientes, independentemente do grau em que a doença se encontra.
O pneumologista pode receitar “bombinhas” de ar contendo medicamentos inalados pelo paciente que atuam diretamente nos pulmões. São chamados de medicamentos broncodilatadores, que dilatam as estruturas do pulmão, o que facilita a entrada e saída de ar. Nos estágios avançados, o pneumologista pode receitar corticoides nas bombinhas, o que diminui o processo inflamatório no pulmão e facilita a respiração; além de oxigenioterapia domiciliar e reabilitação/ fisioterapia pulmonar.
Para os estágios ainda mais avançados da doença, o paciente precisa utilizar tubos de oxigênio durante parte do dia, ou até mesmo o dia todo (oxigenioterapia).
PERGUNTAS FREQUENTES
Enfisema Pulmonar tem cura?
Não. A doença é crônica e os danos causados (lesões pulmonares) são irreversíveis. No entanto, o diagnóstico e tratamento conseguem frear o avanço da doença.
Como evitar o Enfisema Pulmonar?
Parar de fumar é a única alternativa para evitar o desenvolvimento da doença. Já nos casos genéticos, que são minoria, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar o avanço do enfisema.
É possível ter relações sexuais sendo portador de enfisema pulmonar?
Depende do estágio em que a doença se encontra. Por isso, a recomendação deve vir do seu pneumologista de confiança. Atividades físicas que exigem muito esforço podem causar hipoxemia, que é a falta de oxigenação em tecidos como cérebro, coração e pulmões. Nos estágios mais avançados, até o simples ato de escovar os dentes pode ser perigoso.
Enfisema Pulmonar e Câncer no Pulmão são a mesma coisa?
Não. São duas doenças diferentes. No entanto, o enfisema pulmonar pode ser uma das causas que desencadeiam o câncer de pulmão.
Enfisema Pulmonar pode matar?
Sim. O quadro persistente e sem tratamento adequado do Enfisema Pulmonar, além de e reduzir a qualidade de vida do paciente e pode evoluir para o óbito. A Doença Pulmonar Obstrutiva crônica, DPOC, mata mais de 3 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Por isso o diagnóstico precoce e início do tratamento são extremamente necessários para evitar que o enfisema pulmonar evolua para uma DPOC.